Hackathon de 12 horas reuniu 150 participantes e premiou iniciativas voltadas à economia circular desenvolvidas por universitários e empreendedores

Dedicado à associações de catadores de lixo, buscando conectá-los a cidadãos e comerciantes locais que tenham resíduos para reciclagem, o projeto EcoNomiza foi o vencedor do Climathon UniOpet 2023. O grupo vencedor reuniu os estudantes de Administração Mayara Azevedo e Marcos Roseno, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a graduanda de Designer Gráfico Fernanda Finkler Lachowski, também da UTFPR, e Raian Moreira da Silva, que é técnico em Jogos Digitais e graduado em Multimídia, ambos pelo Centro Universitário UniOpet.

“Nosso grupo Ciclo Verde se conheceu um dia antes do hackathon e foi interessante termos esse perfil multidisciplinar. Por meio do aplicativo, o usuário do EcoNomiza faria seu cadastro avisando sempre que tiver resíduos para coleta. Esse aviso chega até as associações de catadores, que faria a rota para a coleta desses resíduos até as empresas de reciclagem. O valor pago pelas empresas seria revertido às associações de catadores por meio do aplicativo. Também haveria ‘eco créditos’ no comércio local, com desconto nos preços dos mercados credenciados, o que incentivaria o consumo local pelos cidadãos”, explica Raian.

Realizada no último sábado (28) pelo UniOpet em parceria com o Impact Hub, a edição paranaense do evento global Climathon reuniu cerca de 150 participantes, entre universitários e empreendedores, mentores e avaliadores em um hackathon de 12 horas para fomentar localmente o combate às práticas que vêm provocando acentuadas mudanças climáticas no planeta.

O hackathon estimulou os participantes a desenvolverem soluções de combate às mudanças climáticas em projetos de economia circular que atendam às necessidades locais, contando com apoio das empresas Condor, Bosch e iCities, além do Vale do Pinhão. Ao reunir em um espaço de networking empreendedores e líderes locais, o Climathon reforça a formação cidadã dos profissionais envolvidos.

O grupo Ciclo Verde ficou em 1º lugar, levando como prêmio um tablet para cada integrante, mentoria e visita técnica na Fiep, além de participar do Smart City Expo Curitiba 2024. Em 2º lugar, os participantes do grupo Ecoloop  ganharam uma Alexa cada um, e os participantes do grupo Challenge (3º lugar) levaram kits de casa inteligente (ambos os grupos também ganharam mentoria para seus projetos).

O segundo melhor projeto avaliado foi o Ecoloop, um aplicativo de logística reversa para o setor da construção civil, principalmente no descarte de resíduos. Em seguida, foi premiado o projeto Farmarev, que incentiva a coleta consciente de medicamentos e antibióticos, cujo descarte incorreto acarreta impactos no meio ambiente e na saúde pública, com a proliferação de superbactérias.

O hackathon

Curitiba foi a única cidade do estado a participar do Climathon, evento global que ocorre simultaneamente em todo o mundo, envolvendo mais de 30 mil participantes, com mil eventos realizados desde 2015. O programa faz parte do EIT Climate-KIC, comunidade de inovação e conhecimento para uma economia zero carbono.

“Os participantes puderam unir forças com outros empreendedores, estudantes e desenvolvedores com ideias semelhantes. A sociedade ganha ideias e soluções para as mudanças climáticas a nível local, que podem se tornar negócios reais”, explica Raphaella Caçapava, head do OpetLab, hub de inovação que acelera carreiras e integra ações do UniOpet com o mercado.

Coordenadora de projetos do Instituto Legado de Empreendedorismo Social, Agatha Iara foi uma das avaliadoras do Climathon. “A gente fica nervoso por eles, é uma responsabilidade escolher os três grupos com as melhores soluções. Os participantes passaram 12 horas em um hackathon intenso. Buscamos contribuir pensando em melhorias para esses negócios de impacto com grande potencial para implantação local. Trabalho há cinco anos com empreendedorismo social e estou à disposição, assim como outros mentores e avaliadores do Climathon”, afirma.

“Foi muito assertiva a seleção dos avaliadores do hackathon, intercalando representantes da prefeitura, de empresas parceiras, da academia e de startups do nosso ecossistema de inovação. Como educadora e investidora anjo, fico entusiasmada em ver tantas boas ideias surgindo a partir da iniciativa do Climathon. Ainda mais no ano em que o Grupo Opet celebra 50 anos, afinal, aluno Opet ‘vai lá e faz’. Pudemos perceber essa proatividade tanto entre nossos graduandos, quanto entre os egressos que participaram”, celebra a professora Adriana Karam, reitora do UniOpet.