Laureane Silvério Barbosa* Letícia Branco França * Paloma M. L. Moreira* Razielle Carla de Faria* Roxane Wirschum Silva** Sandra Crestani***

*Discente do curso Superior de Tecnologia  Estética e Cosmética. Centro Universitário UNIOPET.

**Docente do curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética – Centro Universitário UNIOPET. Mestre em Genética – Universidade Federal do Paraná

***Docente do curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética – Centro Universitário UNIOPET. Doutora em Farmacologia – Universidade Federal do Paraná.

Autor correspondente: sancbio@gmail.com

RESUMO

O mercado de estética e beleza é um dos mais promissores no Brasil, assim o mesmo se torna um mercado ainda mais competitivo, exigindo profissionais qualificados e determinados. Diante disso, buscou-se nesse trabalho avaliar o grau de satisfação dos egressos do curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade OPET frente ao mercado de trabalho e se este ainda está conseguindo absorver os profissionais que estão se formando.

A obtenção de dados para esta pesquisa foi realizada através da aplicação de um questionário para alunos que concluíram o curso na referida Instituição de Ensino. Observou-se que 62% dos entrevistados formados no curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade OPET estão trabalhando na área e 38% não exercem a profissão em função de diversos aspectos, como insegurança na realização dos procedimentos, retorno financeiro insuficiente ou medo de mudar de profissão. Entretanto, dentre os profissionais que atuam no mercado de estética e cosmética a grande maioria se diz satisfeito em relação ao retorno financeiro obtido.

Os dados revelaram que a maioria dos entrevistados tiveram suas expectativas atendidas em relação ao curso de Tecnologia em Estética e Cosmética na Faculdade OPET e por isso indicariam a referida Faculdade para seus conhecidos. Além disso, boa parte se sentiu seguro o suficiente para executar os procedimentos logo após o término do curso, em especial nas áreas que mais lhe atraíram durante este, com destaque para a estética corporal. Quanto à forma pela qual os egressos se mantêm atualizados acerca de produtos e tecnologias na área de estética essa se dá principalmente por meio de cursos e workshops oferecidos por empresas e seus representantes, participação em congressos e eventos, leitura de artigos online, pós-graduação, internet e televisão. Portanto, com esses resultados observou-se que a maioria dos egressos em estética está atuando na área, e com grau de satisfação considerável em relação aos benefícios monetários e a formação oferecida pela Faculdade OPET. Pode-se concluir também que apesar de não buscarem a pós-graduação acadêmica formal, todos os egressos buscam a atualização constante, em especial nas áreas mais procuradas por seus clientes, o que é fundamental para se destacar nesse mercado tão competitivo.

Palavras-chave: Egressos, OPET, Tecnologia em Estética e Cosmética, mercado de trabalho.

INTRODUÇÃO

A partir das primeiras pessoas na Terra, a procura pela beleza sempre foi um objetivo a ser alcançado com o intuito de elevar o grau de autoestima dos indivíduos. Assim como a espécie humana evoluiu enquanto sociedade a busca pela beleza também tem passado por um processo constante de crescimento (SAMPAIO,2012). Apesar de o termo “Estética”, ser considerado relativamente novo, a busca pelo belo é algo que acompanhou a evolução da espécie humana. Alguns estudiosos sugerem que a Estética tinha a finalidade da vaidade e cuidados mais superficiais. Atualmente a Estética é considerada uma profissão e até mesmo uma ciência (SUENAGA et al., 2012). Tal fato força o mercado de estética, incluindo os profissionais a uma busca constante pelo conhecimento e aprendizagem. Com isso, surgiram nas Instituições de Ensino Tecnológico o curso de Tecnólogo em Estética e Cosmética (ASBAHR,2014).

Em Curitiba uma das primeiras Instituições de ensino a oferecer o curso de Tecnologia em Estética e Cosmética, com o intuito de qualificar os profissionais da área estética foi o Grupo Educacional OPET. A Instituição de Ensino Tecnológico e Superior conta com uma grade curricular ampla que contempla teoria e prática visando a formação de um profissional de qualidade com habilidades e conceitos que podem ser os diferenciais no mercado (GRUPO EDUCACIONAL OPET, 2016).

A criação dos cursos de estética foi de encontro com uma demanda do mercado que nos sugere que nos aperfeiçoamos na área, conhecer os aspectos como a preparação dada pelo curso tecnólogo em estética e cosmética é fundamental tanto para o egresso tanto para os futuros alunos para o mercado de trabalho (BARROSO,2016). Uma boa parte dos brasileiros tem preferido cursos tecnológicos ao invés de cursos tradicionais de graduação. Isso porque pode ser concluído em menor tempo e permite associar teoria e prática, dando bases sólidas para enfrentar o mercado de trabalho. Entretanto, sempre que os indivíduos pensam na escolha de uma profissão, além de considerar o sentimento de realização pessoal, há também que se pensar no retorno financeiro que o exercício desta proporcionará. Essa, talvez seja uma das grandes preocupações dos indivíduos que buscam os cursos tecnológicos, a colocação no mercado de trabalho com ganhos satisfatórios. (SANTOS, 2016).

Nesse sentido buscamos analisar o grau de satisfação e de sucesso dos egressos do Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade OPET em relação ao curso em si e a colocação no mercado de trabalho. Além disso, poderá fornecer a Faculdade um panorama dos seus egressos e contribuir para o redirecionamento de algumas atividades com o intuito de agregar ainda mais valor e qualidade a formação de seus alunos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para fundamentação teórica da presente pesquisa foi realizada consulta em artigos, dissertações, teses e sites de confiança como SEBRAE e o site da própria OPET que puderam trazer informações acerca do objeto de estudo, usando como palavra-chave: OPET, mercado de trabalho, Tecnologia em Estética e Cosmética e sucesso profissional. Além disso, foi utilizado banco de dados científicos disponíveis na Biblioteca da Faculdade OPET, campus Rebouças.

A obtenção de dados acerca dos egressos do curso de Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética foi feita através da aplicação de um questionário que foi encaminhado a 88 indivíduos preferencialmente via e-mail, entretanto boa parte dos contatos foi feito via telefone, e obtivemos resposta de apenas 48.  O questionário (contendo 14 perguntas) foi enviado acompanhado de uma carta de apresentação da equipe, bem como do trabalho em desenvolvimento (anexo I).  As perguntas propostas tiveram o foco no grau de satisfação dos egressos em relação a vários aspectos: formação acadêmica ofertada pela OPET, exercício profissional, meio de atualização e capacitação, mercado de trabalho, retorno financeiro, dentre outros (para maiores detalhes ver anexo I). Tendo em vista as possíveis variáveis que podem interferir na coleta de dados, tais como dificuldade do endereço de e-mail, mudança de e-mail, telefone, etc., a pesquisa não delimitou o ano de conclusão do curso como fator limitante para participação desta e sim incluiu todos os egressos a partir de 2010 com o intuito de obter o maior número de indivíduos, e consequentemente, aumentar a confiabilidade do estudo.

Todo o trabalho foi realizado com o consentimento da Coordenação do Curso de Estética e Cosmética, representada pela professora Roxane Wirschum Silva, que nos forneceu os contatos telefônicos que foram utilizados única e exclusivamente para a realização da pesquisa

RESULTADOS

Os dados obtidos nesse estudo demonstram que a maioria dos egressos do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética (62%) da OPET está trabalhando na área em que se formaram. Entretanto, um número ainda expressivo, aproximadamente de 38%, não exerce a profissão (figura 1a). Dentre os motivos pelos quais os entrevistados não estão trabalhando na área pode-se destacar a não colocação no mercado de trabalho (~ 28%), a falta de realização pessoal (22%), retorno financeiro diferente do almejado (11%) e outros motivos como o medo e/ou insegurança de sair do emprego que já lhe proporciona certa estabilidade (figura 1b). Nota-se que 77% dos egressos atuantes na área estão satisfeitos com a remuneração obtida e 23% dizem que esperavam rendimentos maiores (figura 1c).

Figura 1: Percentual de pessoas entrevistadas que estão ou não atuando na área de estética (a), os motivos pelos não atuam (b) e a satisfação em relação a situação financeiro na área de Estética e Cosmética (c). Os valores são representados como percentual do número de resposta apresentados nos 48 entrevistados.

Os resultados mostraram que a maioria dos entrevistados, cerca de 30%, concluiu o curso há um ano, 23% há dois anos, 15% há cinco anos, 15% há 4 anos, 8% há 3 anos,4% há um ano e meio, 2% há 6 anos e apenas 2% se formou há três meses (figura 2).

Figura 2: Tempo em que os egressos concluíram o curso Superior de Tecnologia em Estética e cosmética na faculdade OPET. O tempo após a conclusão do curso é representado em meses ou anos, conforme mostrado na legenda. Os valores são representados como percentual do número de resposta apresentado nos 48 entrevistados.

A maior parte dos entrevistados (~67%) que exerce a profissão de Tecnologia em Estética e Cosmética está no mercado há mais de dois anos, cerca de 20% está atuando por um período de seis meses a um ano, 10% de um a dois anos e 3% há menos de 6 meses (figura 3).

Figura 3: Tempo de atuação dos egressos do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade OPET no mercado de estética e cosmética. Os valores representam o percentual do número de respostas apresentadas pelos 30 entrevistados que estão trabalhando na área de formação.

Observa-se que o principal motivo pelos qual os entrevistados optaram por fazer o curso de Superior em Tecnologia em Estética e Cosmética, foi pela oportunidade de trabalhar na área da beleza (57%), uma parcela menor dos indivíduos (20%) foi pela possibilidade de ter seu próprio negócio, 10% pela flexibilidade de horário, outros 10% pelo salário atrativo e 3% por algum outro motivo, como por exemplo, o aperfeiçoamento uma vez que já atuava no ramo de beleza e/ou estética (figura 4).

Figura 4: Motivos pelos quais os entrevistados optaram por fazer o curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética. Os valores demonstrados representam o percentual do número de resposta apresentado pelos 48 egressos que responderam o questionário.

Diante dos dados colhidos nota-se que, embora a maioria (62%) sentiu-se preparado para ingressar no mercado de trabalho, uma parte significativa (38%) declarou que não (figura 5).

Figura 5: Percentual de egressos que se sentiram preparados para ingressar no mercado de trabalho após o término do curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade OPET. Os valores são representados como percentual do número de resposta apresentados pelos 48 entrevistados.

Observa-se que a área de maior interesse dos entrevistados durante o curso foi: Estética corporal (39%), Estética facial (23%), maquiagem (17%), capilar (14%) e apenas 7% foi visagismo (figura 6).

Figura 6: Área de maior interesse dos entrevistados no decorrer do curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade OPET. Os valores representam o percentual do número de resposta apresentados pelos 48 egressos entrevistados.

Os dados revelaram que a praticamente todos, aproximadamente 97%, dos entrevistados tiveram suas expectativas atendidas em relação ao Curso Superior de tecnologia em Estética e Cosmética, durante a formação na Faculdade OPET e apenas 3% relataram que o curso foi abaixo do esperado (figura 7a). De modo similar, 87% dos entrevistados indicariam a faculdade para seus conhecidos que queiram fazer o Curso de Estética e Cosmética e a minoria de 13% não o faria (figura 7b).

Figura 7: Percentual de egressos do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade OPET que teve suas expectativas atendidas em relação ao curso (a) e percentual de egressos que indicariam a Faculdade para alguém que tenha interesse no curso de estética e cosmética (b). Os valores são representados como a porcentagem do número de resposta apresentados nos 48 entrevistados.

Dos 48 entrevistados apenas 17% fez algum curso de pós-graduação lato sensu, a grande maioria (83%) não fez nenhuma formação acadêmica após o término da graduação (figura 8a). Dentre os indivíduos que ainda não fizeram pós-graduação 94% tem interesse em cursar algo futuramente e 6% não tem interesse (figura 8b).

Figura 8: Egressos que fizeram alguma pós-graduação (a) e se tem interesse em fazê-lo (b). Os valores são representados como percentual do número de resposta apresentados nos 48 indivíduos que responderam o questionário e nos 40 entrevistados que ainda não fizeram nenhum curso de pós-graduação.

Observou-se que a maneira pela qual os egressos se mantém atualizados acerca de novos métodos, produtos e tecnologias na área de estética é por meio de cursos e workshops oferecidos por empresas e seus representantes (39%), participação em congressos e eventos (29%), leituras de artigos online (12%), cursos de pós-graduação (10%) e 10% dos indivíduos afirma que utiliza outras formas de atualização, como por exemplo, internet e televisão (figura 9).

Figura 9: Forma de atualização acerca de novos métodos, produtos e tecnologias na área de estética. Os valores são representados como percentual do número de resposta apresentados nos 48 entrevistados.

Os tratamentos mais procurados pelas clientes daqueles que trabalham na área são: 40% redução de celulite e gordura localizada, 21% rejuvenescimento, 5% clareamento de manchas, 5% melhora no aspecto de estrias e 29% que procuram por outros procedimentos como limpeza de pele, drenagem linfática, corte e química capilar, depilação, design de sobrancelha e massagem relaxante (figura 10).

Figura 10: Tratamentos mais procurados pelas clientes. Os valores são representados como percentual do número de resposta apresentados nos 30 entrevistados que trabalham na área de Estética e Cosmética.

As atividades que os tecnólogos em Estética e Cosmética consideram mais difíceis no exercício de sua profissão são: gestão e administração do próprio negócio com 32%, elaboração de protocolo personalizado de atendimento com 24%, atualização e atendimento às exigências e tendências do mercado com 22%, avaliação do cliente e identificação do problema a ser tratado (12%) e 10% dos indivíduos relataram que a maior dificuldade é o relacionamento com os clientes (figura 11).

Figura 11: Atividades desempenhadas pelos Tecnólogos em Estética e Cosmética da Faculdade OPET que oferecem maior grau de dificuldade. Os valores representam o percentual do número de resposta apresentados pelos 48 egressos entrevistados.

 DISCUSSÃO

O avanço das tecnologias possibilitou a busca de conhecimentos e inúmeras novidades tecnológicas para melhoria dos protocolos para alcançar a beleza no sentido mais amplo da palavra (Leite et al., 2007). Essa necessidade de formação cada vez mais constante direcionou os indivíduos para Instituições de Ensino Superior, e em especial, o Ensino Tecnológico. Sendo assim, a escolha de uma Instituição de Ensino para capacitação do profissional e, nesse caso, de Estética e Cosmética tornou-se algo relevante, inclusive influenciando no desenvolvimento e sucesso do profissional (CARAPAÇOS, 2015). Nesse contexto, o Grupo Educacional OPET, inserido no mercado de ensino há mais de 40 anos, teve a autorização do Ministério da Educação (MEC) para abertura do curso através da Portaria 607 de 18 de dezembro de 2007. A Faculdade OPET oferece o curso de Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética, com duração de 3 anos, reconhecido pelo MEC desde 31 de outubro de 2012 (Portaria 217), com o objetivo de transmitir os conhecimentos necessários para que os Tecnólogos em Estética e Cosmética possam proporcionar a seus clientes o bem-estar (GRUPO EDUCACIONAL OPET, 2016). Ao longo desses anos formou inúmeros profissionais na área de Estética e Cosmética e, considerando os dados desse trabalho, pode-se observar que, a grande maioria deles está trabalhando na área em que se qualificou. Tal fato, provavelmente, se deve a qualidade da grade curricular que associa teoria e prática, à estrutura e profissionais capacitados que são oferecidos pela Instituição de ensino e que reflete na capacitação dos egressos do curso. Isso possibilita que os egressos da faculdade estejam aptos a atuarem como funcionários e também como proprietários do próprio negócio. Vale lembrar que as áreas de maior interesse dos egressos durante o curso foram: Estética corporal, Estética facial e capilar podendo estar relacionadas com as áreas mais procuradas pelas clientes, em especial procedimentos para tratar gordura localizada e lipodistrofia ginóide.

Entretanto, nem todos conseguiram ser absorvidos pelo mercado da beleza o que pode estar relacionado com vários fatores, como o fato de não conseguirem emprego na área almejada, a falta de realização pessoal e o retorno financeiro insatisfatório. Outros relatam que se sentiram inseguros em abandonar um trabalho que já estavam desenvolvendo há certo tempo e por isso uma garantia relativa de estabilidade.  Vale ressaltar que os egressos apontaram o atual cenário econômico do país como principal responsável pela não colocação no mercado de estética e cosmética. Apesar disso, um percentual significativo dos Tecnólogos em Estética e Cosmética que estão exercendo a profissão se declararam satisfeitos com a remuneração obtida. Esse dado corrobora a afirmação do Jornal Do Brasil (Out, 2015) que diz “a crise não afeta o mercado de beleza e estética.” Para muitos economistas e até mesmo nossos entrevistados a mesma crise econômica que pode afetar vários setores da sociedade, pode trazer oportunidades relevantes para quem está preparado e sabe usa-la a seu favor.

Apesar do momento econômico não ser muito favorável para alguns setores é importante relembrar que o conceito de Estética tem se modificado ao longo dos anos.  “A Estética não é apenas sinônimo de vaidade, a mesma passou a representar saúde, bem-estar e qualidade de vida” afirma Elisa Nogueira Felippe Tecnóloga em Estética e Cosmética (2012). Esse novo conceito tem contribuído para a manutenção dos rendimentos na área da estética e cosmética. É possível observar que os indivíduos continuam se cuidando e fazendo procedimentos estéticos, de modo geral, apenas fazem uma reorganização que muitas vezes passa pela redução da frequência dos procedimentos, consumo de produtos com preço mais acessível, mas raramente leva ao abandono completo dos procedimentos.

Entretanto, antes da atual crise econômica o país viveu uma fase de desenvolvimento significativo, isso impulsionou, dentre outras coisas, a procura por formação de nível superior e, consequentemente, o surgimento de várias Instituições de Ensino Superior. Para Pinto (2004), o que existiu nesse período foi uma facilidade de aceso ao ensino superior com pouca preocupação no sucesso do estudante, bem como na qualidade de ensino. Corroborando essa ideia, Schleich e colaboradores (2006) afirmam que muitas instituições de ensino superior oferecem cursos padronizados com currículos fechados, métodos de ensino ineficazes e instalações mínimas, sem considerar a diversidade dos estudantes e, muito menos, seus anseios. Entretanto, nossa pesquisa revelou que apenas uma pequena parcela relatou insegurança para exercer a profissão para a qual se graduou e boa parte dos egressos do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade OPET, sentiu-se seguros e preparados para enfrentar o mercado de trabalho. Além disso, a maioria massiva, (~ 98%) disse que suas expectativas em relação ao curso foram atendidas. Houve algumas sugestões, como aumento da carga horária prática e estágio obrigatório, porém sem grande ênfase. Talvez a maior prova de satisfação com a Instituição é que cerca de 87% dos egressos do referido curso recomendaria a Instituição para seus amigos e familiares. Isso denota que apesar de alguns percalços naturais que ocorrem com alguns alunos durante o curso, praticamente todos reconhecem a qualidade das disciplinas ofertadas, assim como o comprometimento de toda a equipe de profissionais envolvidos para o êxito profissional dos egressos.

Nesse interim é importante salientar que as áreas onde os egressos ainda sentiram maior dificuldade ao exercerem a profissão são a gestão e administração do próprio negócio, a montagem de protocolos de atendimento e a atualização em relação a novas técnicas e procedimentos que são demandas do mercado. A maioria de nossos entrevistados busca atualização em cursos e workshops oferecidos por empresas de cosméticos ou congressos e eventos na área. Apenas uma minoria busca literatura científica e cursos acadêmicos de pós-graduação. Isso foi demonstrado por nossos dados onde apenas cerca de 6% cursaram uma especialização acadêmica, apesar de terem intenção de o fazê-lo. Esses dados nos sugerem que apesar do curso de graduação estar sendo satisfatório, há uma lacuna na continuidade da formação, ou seja, os cursos de pós-graduação não estão atraindo os egressos da Faculdade OPET.

CONCLUSÃO

O presente trabalho mostrou que logo que os egressos do curso Superior de tecnologia em Estética e Cosmética concluíram o curso e ingressaram no mercado de trabalho, a maioria sentiu-se preparado e uma parcela menor sentiu falta de experiência no contato direto com o público. Ainda que o número de entrevistados não tenha sido o esperado, conseguimos ter uma noção e perceber, que quase todos os egressos alcançaram suas expectativas, em relação ao curso de estética e cosmética, sendo que uma boa parte indicaria a Faculdade OPET, para amigos ou conhecidos.

Avaliando em um modo geral, se obteve um resultado positivo, por mais que alguns egressos, não atuam na área de estética, ainda assim indicariam a Instituição de Ensino. Vale lembrar que a maioria gostou do curso, e boa parte não estão atuando no mercado de Estética por alguma escolha de cunho pessoal e não pela Faculdade OPET não ter lhe proporcionado uma formação adequada. Entretanto, é importante lembrar que a obtenção dos dados foi feita a partir de uma amostra aleatória dos egressos do Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética e pode não representar a opinião de toda a população de egressos.

REFERÊNCIAS

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