Amabile Colombo* Kamilla Santos* Thalita T. Fagundes*, Sybelle S. K Okuyama** Patricia de Souza Nuevo***, Mariana Ribeiro de Paula****, Roxane Wirschum Silva*****

*Discente do curso Tecnólogo em Estética e Cosmética. Centro Universitário UNIOPET.

**Docente do curso de Tecnólogo em Estética e Cosmética – Centro Universitário UNIOPET.

***Docente do curso de Tecnólogo em Estética e Cosmética – Centro Universitário UNIOPET. Especialista em MBA em Estética Clínica Avançada e Cosmetologia: MBA em Visagismo e Estética: Gestão Integrada na Imagem Pessoal.

****Docente do curso Tecnólogo em Estética e Cosmética. Centro Universitário UNIOPET. Mestre em Engenharia Biomédica.

*****Docente do curso Tecnólogo em Estética e Cosmética. Centro Universitário UNIOPET. Mestre em Genética.

Autor Correspondente: mariribpaula@hotmail.com

RESUMO 

A humanização no ambiente hospitalar tem como principal meta manter a dignidade, o bem-estar e o respeito do paciente em internamento de curta e longa permanência. Para isso, o trabalho deve ser realizado por toda equipe hospitalar, proporcionando o bem-estar físico, mental e social. O trabalho voluntário do profissional e estudante de estética pode contribuir para a humanização do ambiente hospitalar, tornando-o mais agradável para os pacientes e colaboradores do hospital. O objetivo do projeto de voluntariado educacional foi proporcionar o bem-estar, melhora de autoestima e diminuição da ansiedade e estresse de colaboradores e dos pacientes, que se encontram na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Foi realizado uma vez na semana um protocolo de hidratação facial, durante seis semanas consecutivas, com duração de 30 minutos cada sessão. Totalizado 79 atendimentos, entre pacientes e colaboradores do hospital.  Após a aplicação do protocolo os pacientes e colaboradores responderam um questionário de satisfação, para análise qualitativa dos dados. Ao final do projeto observa-se que a estética pode proporcionar um momento de bem-estar e relaxamento promovendo a humanização no ambiente hospitalar, assim o resultado positivo foi analisado por meio de um questionário de satisfação em relação ao atendimento realizado, 70% dos pacientes e 99% dos colaboradores avaliariam o trabalho como excelente.

Palavras-Chave: Voluntariado, Ambiente Hospitalar, Humanização no Ambiente Hospitalar.

INTRODUÇÃO

A doença física seguida de longo tempo de internamento no ambiente hospitalar, causam insegurança e fragilidade aos pacientes. A dificuldade em manter o contato com a família, seus hábitos culturais e sociais, além das modificações e limitações físicas, aumentam a predisposição a depressão. A humanização no ambiente hospitalar se faz necessária, para reduzir o estresse e angustia do paciente de longa permanência e colaboradores que prestam assistência a esses pacientes (FAQUINELLO et al., 2007; FERRAZ, 2013).

O trabalho Voluntário em hospitais é visto pelas instituições médicas, como atitude de humanização no atendimento e não apenas caridade. Embora os grupos costumem agir de maneiras criativas, entre as atividades mais comumente realizadas estão a contar histórias, servir lanches, atuar como palhaço ou apenas fazer visitas a pessoas em tratamento hospitalar, a estética pode também proporcionar o bem-estar e revitalização desses pacientes. Os meios podem ser diversos, mas o fim é o mesmo: minimizar a dor e, assim melhorar a qualidade de vida e de alguma forma aliviar o clima de tensão que muitas vezes existe no ambiente. (FERRAZ,2013; ARAÚJO et al.,2009).

A motivação para o trabalho voluntario vem da oportunidade de mostrar como a área de Estética tem diferentes funções, e pode ser trabalhada na autoestima e bem-estar de pacientes e colaboradores de diferentes patologias em hospitais.

O objetivo do projeto de voluntariado educacional foi proporcionar o bem-estar, melhora de autoestima e diminuição da ansiedade e estresse de colaboradores e dos pacientes, que se encontram na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. A metodologia utilizada foi uma pesquisa experimental, com análise qualitativa através de um questionário de satisfação

1. AMBIENTE HOSPITALAR

Para Mezomo (1979) “ O ambiente hospitalar por si mesmo cria no individuo uma sensação de angústia e de prisão…e do qual quer ver-se livre o mais depressa possível”.

O hospital é temido pela sociedade, devido a ser um ambiente de muitas tristezas e alegrias, devido as mortes e nascimentos. Mas, também é um lugar de aprendizagem. (KAES, 1991). Decorrente disto percebe-se que o clima de tensão, silêncio e na maioria das vezes irritação é a certeza de que a insegurança só aumenta, e muitas vezes é um lugar deprimente, de emoções negativas, sofrimentos, dor e estresse (MARTINS et al., 2009).

Não é difícil perceber que devido ao grande empenho de trabalho os colaboradores automaticamente não consigam colocar em prática o cuidado humanizado que os pacientes tanto necessitam, uma vez que a responsabilidade do seu cargo exige ao máximo concentração, em saber qual a dosagem de tal remédio, que horas o paciente deve ser medicado e assim por diante, sem contar o equilíbrio emocional ao deparar-se com diversas patologias, e até mesmo os desabafos dos pacientes (BACKES et al., 2006). Os pacientes e a equipe de trabalho estão acostumados com ambientes brancos, frios e distantes, não havendo a ideia de algo diferente, por isso que nesse ambiente também é importante o bem-estar desses profissionais, uma vez que revigora suas energias para que quando voltar a suas atividades cotidianas não só dentro do ambiente hospitalar como a vida fora dele possa com sabedoria e vontade fazer o melhor para o paciente e ao próximo (VASCONCELOS, 2004).

O clima de tensão começa a partir do momento em que se é dada a orientação de internação. O paciente traz consigo a preocupação e medo de como será tratado, a tensão e ansiedade de saber qual será o próximo procedimento a ser designado, a revolta de estar neste ambiente e não no seu conforto, com os familiares (KAES,1991). Nesse momento também é possível perceber diferentes sentimentos dos pacientes em relação aos colaboradores. Alguns tornam-se agressivos e outros sentem-se tímidos e desprotegidos (FERRAZ, 2013).

2. VOLUNTARIADO

No século XVI, o trabalho voluntário começa a surgir no Brasil, com a iniciativa das organizações religiosas que fundaram as Santas Casas.  A primeira Santa Casa de Misericórdia foi criada em 1543 em Santos SP, já no século XIX a Cruz Vermelha e no início do século XX o Escotismo.  As entidades voluntárias foram surgindo na década de 30, com o desenvolvimento das políticas públicas voltada a assistência social. Com o crescimento do trabalho voluntário nos anos 90, e a visibilidade das ONGs cria-se a LEI Nº 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998 que diferencia o trabalho voluntário do trabalho remunerado (FERRARI et al., 2008; YAZBEK et al., 2002).

O trabalho voluntariado é uma forma de participação social que vem em constante crescimento. Tamanho é esse aumento, que o ano de 2001 foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o ano Internacional do Voluntariado (SOUZA et al., 2007; CRIPPA et al., 2014). Segundo o instituto Brasileiro de Opinião Pública (IBOPE), estima-se que 22,6 % da população dedicam parte do seu tempo em ações de ajuda. Aproximadamente 16 % prestam serviços voluntários por seis horas mensais, envolvendo-se em atividades que não exigem maior qualificação (53,7 %) (MONIZ et al., 2008).

O trabalho voluntário auxilia na construção da justiça social e do bem comum, e está diretamente associado ao bem-estar. Para a organização Mundial de Saúde (OMS) o voluntariado tem o poder de transformação social (SELLI et al., 2008).

O voluntário também é beneficiado, pois adquire conhecimento, e desperta a sensibilidade humana (COSTA et al., 2009).

3. HUMANIZAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR

A humanização no ambiente hospitalar tem como principal meta manter a dignidade, o bem-estar e o respeito do paciente em internamento de curta e longa permanência. Para isso, o trabalho deve ser realizado por toda equipe hospitalar e voluntários, proporcionando o bem-estar físico, mental e social (MARTINS et al., 2010).

O trabalho voluntário do profissional e estudante de estética pode contribuir para a humanização do ambiente hospitalar. Para isso várias técnicas como; hidratações faciais, massagens, maquiagens e orientações de autoimagem, podem proporcionar ao paciente um momento de distração e relaxamento, muitas vezes até a melhora no seu quadro psicológico.

O voluntariado em hospitais oferece muitos benefícios para os pacientes, colaboradores e para própria instituição. Para Pessini (2002) é possível e adequado para a humanização se constituir, sobretudo, na presença solidária do profissional, refletida na compreensão e no olhar sensível de cuidado, que desperta no ser humano o sentimento de confiança e solidariedade (MOTTA, et al 2006).

Segundo Martins (2010), a humanização é um processo amplo, demorado e complexo, ao qual se oferecem resistências, pois envolve mudanças de comportamento, que sempre despertam insegurança. Os padrões de humanização conhecidos parecem mais seguros; além disso, os novos não estão prontos nem em decretos nem em livros, não tendo características generalizáveis, pois cada profissional, cada equipe, cada instituição terá seu processo singular de humanização.

Acredita-se que o trabalho humanizado em hospitais é de extrema importância, pois o ambiente é cercado de atribulações para os colaboradores e principalmente aos pacientes, que estão na maioria das vezes a vários dias ou por período integral em casos mais graves (AMESTOY et al., 2006). O processo de lidar com pessoas é um tanto quanto delicado, cada um possui personalidades diferentes, algumas recebem ajuda com muito carinho e outras muitas vezes já estão saturadas e acabam não sendo tão receptivas. Pesquisas realizadas em hospitais mostram que quando se trabalha com humanização a melhora do ambiente hospitalar traz benefícios como a redução do tempo de internação, aumento do bem-estar geral dos pacientes e funcionários e diminuição das faltas de trabalho entre a equipe de saúde (MARTINS et al., 2001).

5. METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi uma pesquisa experimental, o método de análise utilizado foi o qualitativo, por meio de questionário de satisfação. A pesquisa foi desenvolvida conforme indicação da resolução do conselho nacional de saúde 466/12. Após a aprovação do comitê de ética da Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba (Número do parecer: 1.852.965), foi realizado o procedimento prático do projeto de voluntariado.

A realização do projeto contou com a colaboração de 3 acadêmicas, que realizaram durante 6 semanas um protocolo de hidratação facial no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, sob a supervisão da professora Mariana Ribeiro de Paula do curso de Estética e Cosmética da Faculdade Opet.

A amostra foi constituída por um total de 20 pacientes e 59 colaboradores, totalizando 79 atendimentos no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. O Critério de Inclusão foi composto por pacientes e colaboradores, de ambos os sexos, que desejaram receber o protocolo de hidratação facial e, o critério de exclusão foi de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva com uso de sondas e ventilação mecânica, devido à dificuldade de realizar o procedimento, e em pacientes transplantados, que apresentam maior risco de reações alérgicas e infecções.

O público alvo foi composto por colaboradores do hospital e pacientes do SUS, que não possuíam restrição em receber o procedimento estético informado. Os atendimentos foram realizados durante 6 semanas, com duração de 30 minutos cada procedimento, sempre nas segundas-feiras com hora marcada, das 14:00 as 17:30 horas, sendo o último horário disponível 17:00 horas.

A divulgação dos procedimentos foi realizada por comunicado interno do hospital, a equipe hospitalar divulgou o atendimento para os pacientes. Os colaboradores agendaram os horários diretamente com as alunas, no período da manhã. As alunas frequentavam uma hora antes os quartos para verificar quais pacientes gostariam e poderiam receber o procedimento de hidratação facial. Os pacientes que puderam se locomover foram encaminhados pela equipe de enfermagem até a sala liberada para o ambiente de voluntariado, os pacientes que não puderam se locomover foram atendidos em seus quartos. O ambiente onde o projeto foi realizado contém 4 sofás para acomodação dos pacientes e colaboradores, mesa auxiliar e pia para higienização das mãos a cada atendimento. As profissionais estavam paramentadas, com luvas, touca e máscara, todos materiais descartáveis e fizeram o uso do jaleco.

Foi realizado um procedimento de hidratação facial, que consiste em limpar a pele, esfoliar, tonificar, hidratar e finalizar com fotoproteção. Todos os produtos utilizados foram hipoarlergênicos, para todos os tipos de pele, testados dermatologicamente, sem Parabenos, Óleo Mineral, corante, Propilenoglicol, Parafina, Imidazolidinil Urea, Fragrância e sem Dmdm Hidantoin.

Ao final do procedimento, o paciente ou colaborador preencheu um questionário de satisfação, com análise de dados qualitativa.

6. DISCUSSÃO E RESULTADOS

O trabalho voluntário do profissional e estudante de estética contribui na humanização do ambiente hospitalar, proporcionando aos pacientes e colaboradores um momento de distração, bem-estar físico e emocional. Ao decorrer do trabalho voluntário notou-se melhora no ambiente hospitalar, tanto para colaboradores quanto pacientes, observa-se que para os colaboradores o fato de descansar 30 minutos, já é o suficiente para proporcionar um momento de bem-estar, devido ao estresse causado pelo hospital. No caso dos pacientes, ameniza-se o clima de tensão e sofrimento, levando descontração e alegria ao seu dia.

Julga-se importante e necessário a valorização do trabalho voluntario, indiferente de sua característica, uma vez que os próprios pacientes e colaboradores revelam uma melhora significativa, nada mais justo que enfrentar este período de internamento com um pouco mais de dignidade sem perder sua autonomia.

Segundo Souza (2011), o trabalho voluntário está associado diretamente à satisfação pela vida e ao bem-estar. O voluntariado participa na formação do bem comum com motivação ética, e possui participação ativa na democratização do estado. (SELLI et al., 2008).

Pode-se observar através do questionário de satisfação com análise de dados qualitativa (disponível em anexos), entregue a cada colaborador e paciente após procedimento de hidratação facial, que 45% dos colaboradores não reservam um tempo exclusivo para cuidar de si, e para os pacientes esse valor muda para 80%, principalmente aqueles que dependem do SUS (Sistema Único de Saúde). Dentre os pacientes que já realizaram um tratamento estético, estão os seguintes procedimentos: Limpeza de pele e peeling, e no caso dos colaboradores temos a limpeza de pele, peeling, luz pulsada, terapia combinada, carboxiterapia, corrente russa, drenagem linfática manual e massagem modeladora. Mas, nota-se nos gráficos abaixo que a maioria dos beneficiados nunca realizou um tratamento estético.Em relação a questão “Como avaliaria sua qualidade de vida hoje? ” Com opções de resposta:  péssima, regular, boa ou excelente; observa-se que 22% dos pacientes consideram ter uma qualidade de vida regular, e 78% à consideram boa, e dentre os colaboradores 27 % regular, 57% boa e 16% excelente.

Na questão “Como você está se sentindo hoje? “, com as opções de resposta: Péssima, normal e ótima; 5% dos pacientes optou pela opção péssimo, 62% normal e 33% ótimo; os colaboradores assinalaram, 3% péssimo, 59% normal e 38% ótimo. Logo após na questão “ Como se sentiu depois do procedimento realizado (hidratação facial)? ”, com as opões de resposta mal, normal e ótimo; 85% dos pacientes assinalaram a opção ótima e 15% a opção normal, e os colaboradores 2% normal e 95% ótimo.

Observa-se também que os pacientes e colaboradores do hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, reagiram de maneira positiva ao trabalho voluntário, adicionando notas boas ou excelentes e observações com elogios, ideias para novos trabalhos voluntários e agradecimentos; por exemplo: “Gostaria de parabenizar o trabalho de vocês, pois é difícil existir voluntariado voltado ao ambiente hospitalar. – Colaborador”; “Fiquei muito feliz por ser atendida com carinho pelas meninas, muito obrigada! – Paciente”, entre outros.

Segue abaixo gráficos que demonstram a satisfação de pacientes e colaboradores segundo o questionário de satisfação.Quando perguntado, “Gostaria de ter mais momentos como esse? ” Todos os pacientes e colaboradores optaram pela resposta “sim”. E, segundo o questionário de satisfação (disponível em anexos), todos os beneficiados acreditam que o voluntariado na estética pode proporcionar o bem-estar e humanização no ambiente hospitalar. Solicitou-se no questionário uma nota de 25 a 100 e obteve-se a média de 99, 32 para colaborares e 98,61 para pacientes.O objetivo do projeto voluntariado educacional foi atingido, proporcionando o bem-estar, melhora de autoestima e diminuição da ansiedade e estresse de colaboradores e dos pacientes, que se encontram na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Promovendo também a integração social entre as alunas, pacientes e colaboradores do hospital, capacitando as alunas na promoção de atendimento no ambiente hospitalar, proporcionando a cultura de voluntariado nos universitários, e promovendo o exercício de cidadania, mantendo a responsabilidade social e inclusão social na instituição de ensino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho foi de suma importância pois, nota-se que os profissionais de estética podem contribuir na humanização do ambiente hospitalar, gerando benefícios para todos os envolvidos, proporcionando o bem-estar físico e mental, elevando a autoestima, auxiliando na diminuição do estresse, e proporcionando relaxamento dos colaboradores e pacientes. Almeja-se que o trabalho voluntário em ambiente hospitalar ganhe continuidade com outros profissionais da área de estética, proporcionando a cultura de voluntariado nos universitários.

Todos os objetivos foram cumpridos, provando que o gesto de carinho e atenção aos pacientes e colaboradores pode mudar o ambiente em si, baseado no grau de satisfação destes que solicitaram as alunas para retornarem mais vezes.

Acredita-se que este tipo de trabalho é essencial no ambiente hospitalar, pois houveram excelentes resultados entre pacientes, colaboradores e direção do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Os pacientes receberam as alunas com muito carinho; no início desconfiados, mas se soltaram aos poucos e começaram a conversar, relaxar e sorrir, contando suas trajetórias de vida, e mesmo estando no hospital, não deixavam de ser otimistas, acreditando que logo tudo iria melhorar. Por outro lado, alguns pacientes recusavam nosso procedimento, muitas vezes pacientes depressivos, mas nenhum nos recebeu mal. Os Colaboradores apoiaram e incentivaram a todo momento esta iniciativa, sempre pedindo a continuidade do trabalho voluntário. Mas, os maiores beneficiados deste trabalho voluntário, foram as alunas! O ambiente hospitalar pode ser difícil de lidar as vezes, mas é nesse ambiente que aprendemos a se colocar no lugar do próximo, aflorar à sensibilidade e perceber que nem sempre nossos problemas são tão grandes como imaginamos. Criar um clima agradável foi satisfatório e poder ouvir um comentário como ” vocês não judiam de nós” é gratificante.

O resultado foi tão satisfatório que terá continuidade. Uma clínica de estética se interessou pelo projeto de voluntariado e almeja implantar um novo projeto no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, e oferecer fora o procedimento realizado, outros procedimentos estéticos.

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