Joyce Hellen Farinhaque* , Angélica Morais*, Eimy Lorena Nunes* Roxane Wirschum Silva**, Mariana Ribeiro de Paula***, Patrícia Nuevo****,

* Discente do curso Tecnólogo em Estética e Cosmética da UNIOPET

**Docente do curso Tecnólogo em Estética e Cosmética do Centro Universitário UNIOPET. Mestre em Genética – Universidade Federal do Paraná

***Docente do curso Tecnólogo em Estética e Cosmética do Centro Universitário UNIOPET. Mestre em Engenharia Biomédica – Universidade  Tecnológica Federal do Paraná

****Docente do curso Tecnólogo em Estética e Cosmética do Centro Universitário UNIOPET, Especialista em MBA em Estética Clínica Avançada e Cosmetologia e Visagismo Estética Gestão Integral na Imagem

Autor correspondente patricianuevomakeup@gmail.com

RESUMO

As proporções do corpo são responsáveis para a construção de uma imagem harmônica. Desde a antiguidade há a busca pela beleza ideal e foram os gregos que descobriram a chave para esse modelo – o Número de Ouro. Baseado nele foi desenvolvida, pelo cirurgião plástico Stephen Marquardt, uma máscara de beleza facial que, considerando elementos de composição na maquiagem, a torna um instrumento valioso para o maquiador – A Máscara Marquardt. O objetivo deste trabalho é apresentar o uso dessa máscara como uma ferramenta de apoio aos maquiadores e avaliar sua aceitação pelos profissionais. A amostra foi constituída de cinco voluntárias, uma maquiadora que realizou as técnicas de maquiagem nas voluntárias, e cinco maquiadores que avaliaram os resultados qualitativamente. A pesquisa foi realizada durante dois encontros entre maquiadora e voluntárias, com duração aproximada de 60 minutos cada, nos laboratórios da Faculdade Opet. Após estes, realizou-se um teste qualitativo com maquiadores em salões de beleza, onde foram analisadas quais as fotografias mais agradaram sem saber qual técnica foi realizada em cada uma. A máscara Marquardt, criada através do Número de Ouro, possibilita aos profissionais de áreas cujo foco seja a análise facial e correção de imperfeições na simetria facial, usufruir de suas medidas proporcionalmente perfeitas para melhor aproveitamento e precisão em suas técnicas de trabalho.

INTRODUÇÃO

O conceito de belo é algo relativo e mutável, porém a natureza mostra que a matemática pode explicar o que é visualmente belo. As conchas, novas folhas de samambaias, a cauda do camaleão, a curvatura do marfim dos elefantes, os  padrões do crescimento das sementes de girassol, entre tantos outros exemplos, seguem uma espiral perfeita, calculada pelo número de ouro, a “Assinatura de Deus” na criação (TRINDADE et al, 2017).

Inevitavelmente, a figura humana também segue essa regra. Símbolo da proporção áurea, o Homem Vitruviano, estudado durante a Renascença por Leonardo da Vinci retrata a importância da matemática para a composição da forma humana (NAINI, GILL, 2008).

Tendo conhecimento da regra de ouro e de fundamentos do visagismo, tem- se uma ferramenta de apoio na busca da face proporcionalmente bela e agradável, para isso foi criada a Máscara Marquardt, onde um rosto pode ser considerado bonito, independentemente da raça ou idade se corresponder às suas linhas (RUPESH et al, 2014).

Sendo assim, este trabalho tem como objetivo utilizar a Máscara Marquardt como uma ferramenta de apoio ao profissional da maquiagem a fim de encontrar uma face proporcionalmente bela e agradável aos olhos.

1.              VISAGISMO

O termo visagismo surgiu através da palavra francesa visage cujo significado é rosto. O cabeleireiro e maquiador Fernand Aubry (1907- 1976) que apesar de não ter deixado nenhum material publicado sobre o visagismo, conseguiu implantar conceito de imagem personalizada, harmonizando o cabelo e a maquiagem de seus clientes segundo seus anseios e personalidade, quebrando os padrões pré- estabelecidos na época (HALLAWELL, 2009).

Todas as proporções do corpo devem ser analisadas cautelosamente, de forma tridimensional, cada detalhe é importante para construção de uma imagem harmônica, sendo possível transmitir uma imagem fiel à personalidade do cliente (TRINDADE, TRINDADE, 2017).

Atualmente o visagismo não é somente na área facial, ele engloba o indivíduo como um todo onde são considerados: a personalidade, a profissão, estilo e  anseios, que proporcionam a valorização de seus aspectos individuais e auxiliando na formação de uma identidade harmônica (TRINDADE et al, 2017).

É importante classificar o tom da pele, isso é feito de acordo com a temperatura da cor da pele, da cor e do reflexo do cabelo e cor dos olhos. Logo, há cores que valorizam determinados aspectos em cada indivíduo. Robert Dorr (1905- 1967) criou um sistema que identifica as cores entre quentes (peles douradas) ou frias (peles azuladas). Em 1942, a artista plástica Suzane Caygill (1911-1994) identificou quatro categorias básicas de cor de pele e as batizou com os nomes das estações do ano: primavera e outono (peles quentes) e inverno e verão (peles frias). Na pele negra, classificada por Jean Patton, a divisão se dá em três grupos: quentes, frias e neutras. Nomeiam-se da seguinte forma: Saara e Nilo são as neutras; Blues e Jazz cores frias; e Calipso e Spike cores quentes (HALLAWELL, 2010).

2.        COR E MAQUIAGEM

É impossível escrever sobre a história da maquiagem e não mencionar os egípcios, que por sua grande preocupação com a beleza são considerados como um dos povos mais vaidosos que já existiu. Eles acreditavam que os olhos eram as janelas da alma, por isso os valorizavam tanto na maquiagem. Além do fator religioso a maquiagem preta ao redor dos olhos servia como um “óculos de sol” e auxiliadora na proteção contra insetos (VITA, 2009).

Maquiar é um processo que reforça o estilo, a personalidade e a atitude do indivíduo. A maquiagem, em conjunto com as roupas, cabelo e comportamento, retrata a compreensão geral do mundo, sendo um recurso para a identidade pessoal de quem a usa (MOLINOS, 2010).

Um dos elemento mais importantes da imagem é a cor, é essencial saber como ela funciona e como usá-la para atingir efeitos desejados na maquiagem (HALLAWELL, 2010).

Segundo Pedrosa (2009) a cor, diferente do que se acredita, não tem existência material, ela é uma sensação produzida por organizações nervosas quando a luz (estímulo) é absorvida pelos olhos (decifrador do fluxo luminoso).

A luz branca foi definida por Isaac Newton como uma mistura de raios de todas as cores, o prisma de vidro triangular separa a luz branca em seus raios componentes sem alterar o feixe de luz branca (SILVA e MARTINS, 1996). Portanto, a ausência de luz é o preto. A cor é a energia que vibra em três faixas de frequência: vermelho, verde e azul, sendo o pigmento o material químico responsável por tingir uma superfície com uma certa cor (HALLAWELL, 2010).

A cor e a luz podem ser usadas para equilibrar formas e conduzir os olhos do espectador por determinadas linhas. O pintor italiano Antonio Allegri, conhecido por Correggio (1959? -1534), pintava tetos e cúpula de igrejas com nuvens banhadas pelo sol onde hostes celestiais pairavam. Isso fazia com que os fiéis que estavam no local tivessem a sensação de que o teto estava aberto para que eles pudessem contemplar o céu (GOMBRICH, 2013).

Na maquiagem aplica-se esse conceito para “conservar, aumentar ou diminuir o volume das partes diversas do rosto e direcionar o olho de quem vê a pessoa para as áreas que se deseja destacar” (HALAWELL, 2010).

Nesse conceito a sombra – ou escuro – esconde, cria cavidades, afasta e muda os contornos. O claro – ou luz – aproxima, destaca, ilumina e mostra o que estava escondido. Os iluminadores e o blush fazem a correção dos volumes do rosto de acordo com essa regra (MOLINOS, 2010).

3.        SIMETRIA FACIAL

A busca pela beleza e definição de padrões sobre o que é belo, é algo que vem desde os primórdios da humanidade. Passam os anos, de geração em geração, de cultura a cultura o ser humano busca o belo e a padronização desse conceito. Porém, ele é subjetivo, cujos padrões se alteram com o passar do tempo e mudam de um povo para outro (TRINDADE, 2017).

Não raro, quando se fala em beleza, aparece a máxima da relatividade, ou seja, a beleza está nos olhos de quem vê. Mas o conceito de beleza não se faz apenas por opiniões disjuntas. (CAMARGOS et al, 2009).

A beleza surge de significados antropológicos e biológicos hereditários interdependentes, que criam possibilidades de construções culturais a partir das relações humanas (CAMARGOS et al, apud em ETCOFF, 1999; LE BRETON, 2003;VIGARELLO, 2006; RENZ, 2007). Para Goossens (2005), beleza é saber se valorizar e aceitar, também ressaltando as próprias qualidades.

Segundo Silva e Fukusima (2009), faces atraentes são julgadas como mais inteligentes do que as menos atraentes e pessoas de rostos simétricos são tidas com boas condições físicas e genéticas.

Os artistas egípcios foram os primeiros a definirem padrões matemáticos de beleza, pintavam os seres humanos eretos, com pernas e cabeça posicionada lateralmente e ombros para frente. O dedo médio era considerado o décimo nono da medida do homem adulto (SNIJDER apud VEGTER; HAGE, 2000).

Para os gregos o atleta era o padrão de belo. Baseando-se nos princípios egípcios, os gregos calcularam que a medida da face corresponde a um décimo da altura total do corpo, já o tamanho total da cabeça corresponde a um oitavo desse comprimento, o tamanho da cabeça e do pescoço corresponde a um sexto da altura do atleta (VEGTER, HAGE, 2000).

Aristóteles observou haver conexão entre as características corporais e mentais dos homens e mulheres. Para ele, o corpo sofre simpatia por afecções da alma, como amor, medo, prazer e tristeza, e como são interligados, um torna-se responsável pelas afecções do outro (HEINEMANN, 1963).

O filósofo tentava provar que alguns grupos de pessoas eram superiores a outros e que a ciência consegue ler a personalidade de alguém através de suas características corporais. Para isso, comparou as faces humanas femininas e masculinas com faces de animais a fim de determinar suas características mentais (VEGTER, HAGE, 2000).

Nos seus estudos de fisiognomonia, Aristóteles analisa desde os movimentos, as formas, as cores, a suavidade da pele, a voz e os hábitos, além das características gerais do corpo para determinar a personalidade da pessoa (HEINEMANN, 1963).

Durante a renascença, Leonardo da Vinci também buscava as proporções para um ideal de beleza e proporção, o Homem Vitruviano representa esse ideal. De braços estendidos dentro de um círculo, com o umbigo exatamente ao centro, a figura mostra a importância da proporção para a forma humana (NAINI; GILL, 2008). Se a distância da cabeça ao umbigo corresponde a 1, distância do umbigo à ponta dos pés é de 1,618; se a distância do ombro direito a ponta do dedo é 1, a altura total, da cabeça aos pés, será 1,618 (JEFFERSON, 2004).

O pintor renascentista alemão Albrecht Dürer (1471-1528) fundamentou sua arte em estudos de matemática e geometria. Acredita-se que por influência das obras do matemático Luca Pacioli, Dürer foi o primeiro artista a documentar o uso de noções matemáticas complexas para fins artísticos, o que faz com que a sua geometria seja base de diversas produções artísticas (FLORES, 2007).

A análise do rosto no visagismo permite o acesso e informações sobre a pessoa e permite a criação de uma imagem harmoniosa. (HALLAWELL, 2009).

Para Trindade (2017), há sete tipos de rosto: redondo (ou circular), quadrado, retângulo alto, retângulo baixo, triângulo baixo, triângulo alto e losango. Para fazer essa definição, se faz necessário observar primeiramente a linha lateral (imagina-se uma linha arco zigomático, até o ângulo da mandíbula) do rosto e depois uma vertical, sobreposta à horizontal.

4.        PROPORÇÃO ÁUREA

Estudiosos gregos descobriram um número que é a chave para o segredo da beleza. Esse número provém da divisão de uma linha da proporção do segmento mais curto (a) para o segmento mais longo (b), sendo que a linha inteira (a+b) equivale a 1. A divisão que responde a essa regra é conhecida como secção de ouro, pois é considerado o ponto mais esteticamente agradável para dividir uma linha (GREEN, 1995).

Este número infinito que se inicia por 1,618, a divina proporção, é a base para produzir imagens agradáveis aos olhos. Leonardo Fibonacci, em 1202, descreveuque se um casal de coelhos, ao procriar, gerar outro casal, e assim sucessivamente, tem-se uma sequência numérica (a Sequência de Fibonacci) iniciada por 0 e 1 onde os próximos números serão soma dos dois anteriores – 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89,144… – dividindo um número pelo anterior obtém-se um resultado próximo a 1,618 e representados graficamente forma uma espiral que é representação matemática da beleza (TRINDADE et al, 2017).

O número de ouro pode ser descrito como o princípio da ordenação física do universo. É encontrado nas partículas elementares, radiações ionizantes, fenômenos atômicos, processos e estruturas químicos, proporção das distâncias entre o Sol e os planetas, entre outros. A sequência de Fibonacci, ao descrever o crescimento de populações de plantas e animais o utiliza como uma constante, isso mostra como o número de ouro está relacionado com o que flui ou está em movimento (MORIARU, CARD, 1998).

5.        MÁSCARA MARQUARDT

Baseado nos estudos dos números de phi (φ), Stephen Marquardt desenvolveu uma máscara na qual, independentemente da raça ou idade, um rosto pode ser considerado bonito se estiver em com ela em conformidade (RUPESH et al, 2014).

A pesquisa estética e áreas em que o atrativo visual humano seja um parâmetro, como a antropologia, biologia, artes, maquiagem e moda, têm nessa máscara um instrumento valioso (González, 2014).

A máscara patenteada possui versões masculina, feminina, lateral, frontal, sorrindo e repouso, gerando oito variações da mesma. A máscara pode ser sobreposta a uma fotografia do rosto para analisar a proporcionalidade ao número de ouro. A fotografia deve ser tirada com o rosto descontraído, sem sorrir, de forma que o rosto se encaixe nas linhas da máscara. Na fotografia, desenha-se uma linha que vá de uma pupila a outra (linha da pupila), uma segunda linha do canto direito ao esquerdo dos lábios (linha dos lábios) e uma terceira linha vertical que conecte o ponto médio da linha da pupila e o meio da linha dos lábios. Sobrepondo a máscara à fotografia observa-se como o rosto adequa-se à divina proporção (MARQUARDT AESTHETIC IMAGING, 2014).

6.        METODOLOGIA

Pesquisa bibliográfica na plataforma Google Acadêmico pelas palavras: Maquiagem, Número de Ouro, Sequência de Fibonacci, Beleza Facial, Proporção Áurea, em livros de referência e no website do Dr. Marquardt (idealizador da máscara).

A amostra foi constituída com cinco voluntárias do sexo feminino com idades entre 20 e 30 anos. Foi realizado o recrutamento por meio de convite por parte das realizadoras do projeto.

Maquiadora com experiência em técnicas de correções faciais.

Primeiramente as voluntárias foram convidadas a participar do estudo, a captação de amostra na instituição de ensino OPET no campus Rebouças em Curitiba. Houve o preenchimento de uma ficha de anamnese (ANEXO A), orientando sobre o objetivo da pesquisa, esclarecendo dúvidas relacionadas às etapas da pesquisa, concedido informações quanto aos benefícios, juntamente com a assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (ANEXO B) disponibilizando uma via para a voluntária e outra para as pesquisadoras.

No primeiro encontro, a profissional realizou a técnica de maquiagem  que visa valorizar o rosto da voluntária.

No segundo encontro, a mesma profissional fez uso da máscara Marquardt como guia para técnicas de contorno e iluminação na mesma voluntária.

Feito isso, as fotografias dos resultados obtidos com as maquiagens foram avaliadas por profissionais da área de maquiagem que revelaram, comparando os dois métodos, sem conhecimento de qual foi utilizado, qual das duas fotografias da mesma voluntária gostaram mais . O método de avaliação de resultados é qualitativo, justificado pelos mesmos.

7.        RESULTADOS E DISCUSSÃO

No primeiro encontro, as cinco modelos receberam a técnica à mão livre pela maquiadora Silvia Vanessa Schwartz, que possui amplo conhecimento de técnicas de contorno facial.

As FIGURAS 1, 2, 3,4 e 5 mostram, da esquerda para a direita, as fotografias das modelos sem maquiagem, do contorno da técnica à mão livre e por fim, a maquiagem finalizada em cada uma delas.

Figuras 1, 2, 3, 4 e 5: Modelos 1, 2, 3, 4 e 5 antes, durante e depois da técnica à mão livre. Fonte: As autoras, 2017

No segundo encontro, foi realizada a técnica utilizando a sobreposição da máscara Marquardt ao rosto das modelos. As FIGURAS 6, 7, 8, 9 e 10 mostram a imagem da sobreposição da máscara ao rosto das modelos.

Figuras 6, 7, 8, 9 e 10: Modelos 1, 2, 3, 4 e 5 com sobreposição da máscara Marquardt ao rosto.Fonte:  As autoras, 2017.

As FIGURAS 11, 12, 13, 14 e 15, ilustram a fotografia das modelos sem maquiagem, da técnica do contorno utilizando a máscara Marquardt e por fim, a maquiagem finalizada em cada uma delas, da esquerda para a direita.

Figuras 11, 12, 13, 14 e 15: Modelos 1, 2, 3, 4 e 5 antes, durante e depois da técnica com a máscara Marquadt. Fonte: As autoras, 2017.

FIGURAS 16, 17, 18, 19 e 20 mostram do lado esquerdo, a técnica à mão livre, e do lado direito, a técnica com a máscara Marquardt. Estas figuras foram as utilizadas para a avaliação dos profissionais maquiadores

Figuras 16, 17, 18, 19 e 20: Modelo 1, 2, 3, 4 e 5 em foto comparativa das duas técnicas realizadas. Fonte: As autoras, 2017.

Após os dois encontros, as cinco modelos opinaram sobre qual técnica mais lhes agradou, e seus motivos. Sendo que as modelos 2 e 3, optaram pela a técnica  à mão livre, devido aos seus traços mais sutis, pois havia concordância entre sua personalidade e o contorno proposto. Já as modelos 1, 4 e 5 preferiram a técnica com aplicação da máscara Marquardt, pelo fato de se identificarem com o realce que os traços proporcionaram aos seus rostos, destacando as sobrancelhas, maçã do rosto, lábios, e afinando discretamente o nariz, além de observarem que sua beleza natural foi valorizada.

Por fim, cinco maquiadoras profissionais avaliaram qualitativamente as fotografias com a aplicação das duas técnicas. As opiniões ficaram divididas entre cada uma das técnicas, afinal, cada uma tem estilos diferentes dentro da profissão. Por exemplo, três das voluntárias preferem maquiagens com o contorno mais marcado e a sobrancelha em evidência, essas optaram pela técnica usada com auxílio da máscara. Já as outras duas, têm preferência por contornos mais sutis, escolheram, portanto, a maquiagem feita com a técnica à mão livre. Das cinco entrevistadas apenas uma relatou que não utilizaria a máscara como ferramenta auxiliar em seu dia-a-dia. GRÁFICO 1, 2, 3, 4 e 5 com o percentual de preferência das profissionais acerca de cada modelo e O GRÁFICO 6, contendo o percentual total das opiniões, segue abaixo:

Gráficos 1, 2, 3, 4, 5 e 6: Análise qualitativa dos profissionais maquiadores para fotografias das modelos 1, 2, 3, 4 e 5. No gráfico 6 estão apresentadas a análise qualitativa dos profissionais maquiadoras para todas as modelos. Fonte: As autoras, 2017.

O número de phi (φ) inspirou o cirurgião Stephen Marquardt a desenvolver uma máscara na qual, de acordo com a conformidade, um rosto pode ser considerado belo (RUPESH et al, 2014).

Essa máscara serve como base para estudos no ramo da beleza facial, desde a odontologia à maquiagem.

A maquiagem retrata a compreensão geral do mundo, sendo um recurso para a identidade pessoal de quem a usa (MOLINOS, 2010). O uso da máscara pode servir como um guia para a realização dessa técnica milenar.

RUPESH (2014) concorda que a beleza se dá a partir da simetria facial, sendo assim, a Máscara Marquardt serve como apoio em áreas em que o atrativo visual humano seja um parâmetro, sendo ela um instrumento valioso para a realização da maquiagem com foco em correções da simetria facial.

HALAWELL (2010) e MOLINOS (2010) consideram luz e sombra uma aliada para realçar pontos positivos nas diversas feições.

Sendo assim, a Máscara da Beleza pode ser considerada uma ferramenta, porém com adaptações de acordo com formatos de rostos e temperamentos de  cada indivíduo a ser analisado. Isso pode se dar com a sensibilidade, experiência e conhecimentos do profissional que a esteja empregando.

8.        CONCLUSÃO

 A Máscara Marquardt, baseada nas regras do Número de Ouro, é uma importante ferramenta ao profissional maquiador para a perfeita aplicação das técnicas de luz e sombra na maquiagem. Porém características pessoais e gostos dos clientes deve ser levada em conta para sua aplicação.

Portanto, conclui-se que não há estudos aprofundados no uso dessa máscara para técnicas de maquiagem. Sendo assim, a Máscara da Beleza pode ser considerada uma ferramenta, porém com adaptações de acordo com formatos de rostos e temperamentos de cada indivíduo a ser analisado. Isso pode se dar com a sensibilidade, experiência e conhecimentos do profissional que a esteja empregando.

9.        REFERÊNCIAS

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